É... (2)
Complicada sempre fui. Nunca escondi isso de ninguém nem fiz posse de menina normal. Sempre quis algo que soa estranho para os que escutam. Nunca defini a mim mesma para ninguém. Sempre escuto definições e não consigo visualizar nenhuma delas como sendo eu. Talvez eu tenha um pouco disso que você está falando. Mas também tenho algo que aquele loirinho da mesa ao lado tá falando de mim só porque eu estou de bermuda e chinela neste restaurante de gente rica e você está de paletó. Lindo, por acaso.
Consigo conversar com você como você mesmo conversa com você mas não consigo falar para mim mesma que não é assim, que tem que ser assado... e fazer assado. Faço planos incríveis embaixo do chuveiro ao acordar mas não lembro deles ao acender o primeiro cigarro. Voltar pra casa de noite pode ser perigoso. Posso me achar lá e nem sei se é isso que eu quero. Talvez seja melhor assim. Talvez assado.
Passa depois lá em casa pra me ver. A gente podia conversar e talvez desfazer alguns nós cegos.
Consigo conversar com você como você mesmo conversa com você mas não consigo falar para mim mesma que não é assim, que tem que ser assado... e fazer assado. Faço planos incríveis embaixo do chuveiro ao acordar mas não lembro deles ao acender o primeiro cigarro. Voltar pra casa de noite pode ser perigoso. Posso me achar lá e nem sei se é isso que eu quero. Talvez seja melhor assim. Talvez assado.
Passa depois lá em casa pra me ver. A gente podia conversar e talvez desfazer alguns nós cegos.
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