O desafio
O equilibrista decide que na próxima noite de sábado, noite de apresentação, andará na corda bamba sem rede de proteção. Ele nunca tentou, nem teria oportunidade de treinar. Iria expor à platéia o seu medo, medo que ele ainda nem sabia que tem. Medo de não acorda no domingo, ele acha.
Ainda é segunda-feira quando ele decide tentar a proeza. Vai dormir se agarrando à idéia de que ele não será o primeiro a fazer isto, outros equilibristas já fizeram. E receberam aplausos. Ele não queria aplausos. Só os dele mesmo. Sabia que depois da façanha escutaria uma multidão dentro de si a aplaudir e se emocinaria com isso.
No momento tinha era um medo indefinível dentro de si. Medo de decepcionar. Desistir. E já tinha falado aos colegas do circo que sábado seria o grande dia. Escutou palavras de encorajamento dos amigos que disseram que estariam na outra ponta da corda torcendo e esperando para abraçá-lo e sentir a alegria que só amigos sabem compartilhar. A felicidade e o orgulho pelas conquistas pessoais.
Quarta-feira à noite o equilibrista encontra um antigo conhecido. Conta a ele seu novo desafio. O conhecido se mostra muito interessado naquilo e eles conversam para planejar como seria. O agora amigo confessa que também teve essa idéia a algum tempo, porém não encontrou amigos que o incentivasse como o equlibrista tinha conseguido e acabou deixando o tempo passar sem conseguir se decidir se daria ou não aquele passo. O equilibrista resolveu ser esse incentivador e convidou o amigo a andar na mesma corda bamba.
Sexta-feira à tarde o malabarista o chamou para conversar e disse querer alertá-lo dos riscos existentes e fazê-lo pensar se realmente era necessário. O malabarista nunca tinha tentado usar quatro bastões, pelo menos não que alguém tivesse visto. Continuava a cada sábado a mostrar o mesmo número e se dizia feliz assim. O equilibrista sentiu o medo naquelas palavras. Um medo que o malabarista queria que ele também sentisse. Um medo de confessar a si que sempre seria o mesmo. E o equlibrista não.
Sábado de manhã. O equilibrista chorou, de emoção. Ele sabia que dependia única e exclusivamente de si para chegar ao fim da corda. Mesmo tendo o amigo ao lado para compartilhar (e não "dividir") o medo.
Talvez tivesse vontade de voltar no meio do caminho. Mas ele sabia que não dá pra virar as costas para o fim, olhar para o começo, ver o malabarista lá e andar em direção a ele. Mesmo se desse, ele sabia que existiria toda uma meia corda para percorrer. A mesma distância que havia até o fim.
Abraçar os amigos no fim ou encarar o malabarista no começo. Era uma decisão que tinha que ser tomada antes de colocar o primeiro pé na corda. Essa decisão já havia sido tomada. Ao acordar e sentir orgulho de si na frente do espelho por saber que o risco seria corrido com um objetivo. A sua própria felicidade. A sua vida.
Ainda é segunda-feira quando ele decide tentar a proeza. Vai dormir se agarrando à idéia de que ele não será o primeiro a fazer isto, outros equilibristas já fizeram. E receberam aplausos. Ele não queria aplausos. Só os dele mesmo. Sabia que depois da façanha escutaria uma multidão dentro de si a aplaudir e se emocinaria com isso.
No momento tinha era um medo indefinível dentro de si. Medo de decepcionar. Desistir. E já tinha falado aos colegas do circo que sábado seria o grande dia. Escutou palavras de encorajamento dos amigos que disseram que estariam na outra ponta da corda torcendo e esperando para abraçá-lo e sentir a alegria que só amigos sabem compartilhar. A felicidade e o orgulho pelas conquistas pessoais.
Quarta-feira à noite o equilibrista encontra um antigo conhecido. Conta a ele seu novo desafio. O conhecido se mostra muito interessado naquilo e eles conversam para planejar como seria. O agora amigo confessa que também teve essa idéia a algum tempo, porém não encontrou amigos que o incentivasse como o equlibrista tinha conseguido e acabou deixando o tempo passar sem conseguir se decidir se daria ou não aquele passo. O equilibrista resolveu ser esse incentivador e convidou o amigo a andar na mesma corda bamba.
Sexta-feira à tarde o malabarista o chamou para conversar e disse querer alertá-lo dos riscos existentes e fazê-lo pensar se realmente era necessário. O malabarista nunca tinha tentado usar quatro bastões, pelo menos não que alguém tivesse visto. Continuava a cada sábado a mostrar o mesmo número e se dizia feliz assim. O equilibrista sentiu o medo naquelas palavras. Um medo que o malabarista queria que ele também sentisse. Um medo de confessar a si que sempre seria o mesmo. E o equlibrista não.
Sábado de manhã. O equilibrista chorou, de emoção. Ele sabia que dependia única e exclusivamente de si para chegar ao fim da corda. Mesmo tendo o amigo ao lado para compartilhar (e não "dividir") o medo.
Talvez tivesse vontade de voltar no meio do caminho. Mas ele sabia que não dá pra virar as costas para o fim, olhar para o começo, ver o malabarista lá e andar em direção a ele. Mesmo se desse, ele sabia que existiria toda uma meia corda para percorrer. A mesma distância que havia até o fim.
Abraçar os amigos no fim ou encarar o malabarista no começo. Era uma decisão que tinha que ser tomada antes de colocar o primeiro pé na corda. Essa decisão já havia sido tomada. Ao acordar e sentir orgulho de si na frente do espelho por saber que o risco seria corrido com um objetivo. A sua própria felicidade. A sua vida.
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