Lembraças
Numa tarde de sábado sem sol nem chuva me peguei pensando... lembrando, na verdade...
Saía de casa e caminhava até o seu prédio. Demorava cerca de 20 minutos caminhando. Chegava no prédio e pegava o elevador até o sétimo andar. Subia de escada até o oitavo, chegava em frente à porta com o número 803 e batia duas vezes, parava, batia mais uma vez. Era o código para que você abrisse a porta já com um sorriso (hoje me pergunto como seria seu rosto ao abrir a porta quando não era usado o código).
Um beijo na testa e um sorriso meu. Era tudo o que você ganhava. Eu me sentava no sofá e você sentava ao meu lado. Eu encostava a cabeça no seu ombro e você fazia carinho nos meus cabelos. Ficávamos conversando sobre nossas vidas. A casa era sempre silenciosa. Somente o som das ondas do mar quebrando contra a areia da praia. Hoje acho que eu imaginava esse som, o prédio não era perto da praia. Acho que sua presença me fazia escutar o mar.
Depois de falarmos o suficiente (não sei até hoje como sabíamos que era suficiente) você se levantava e trazia duas taças de vinho. Bebíamos devagar. Sabíamos que em pouco tempo não existiria mais as nossas vidas fora daquele apartamento.
Depois de algumas taças de vinho, nos levantávamos, íamos ao quarto e fazíamos amor. Bem devagar também. Existia muito carinho naquele momento. Era algo único para nós. Apesar de acontecer sempre, sempre era único.
Após fazer amor conversávamos sobre nós dois. Um só em dois corpos. Você dormia em meus braços e eu esperava um pouco mais, até que eu me levantava, tomava um banho e saia. Fechava a porta devagar. Não sei se você acordava. Eu já tinha ido.
Tínhamos a vontade de que aquele momento fosse eterno. Ainda bem que não era. Se fosse, como eu teria lembranças hoje?
Continuo caminhando 20 minutos até o seu prédio. Pegando o elevador até o sétimo andar. Subindo de escada até o oitavo. Parando em frente à porta com o número 803. Batendo duas vezes, parando, batendo mais uma vez. Não é sempre que faço isso. Apenas quando esqueço que você não está mais lá.
Saía de casa e caminhava até o seu prédio. Demorava cerca de 20 minutos caminhando. Chegava no prédio e pegava o elevador até o sétimo andar. Subia de escada até o oitavo, chegava em frente à porta com o número 803 e batia duas vezes, parava, batia mais uma vez. Era o código para que você abrisse a porta já com um sorriso (hoje me pergunto como seria seu rosto ao abrir a porta quando não era usado o código).
Um beijo na testa e um sorriso meu. Era tudo o que você ganhava. Eu me sentava no sofá e você sentava ao meu lado. Eu encostava a cabeça no seu ombro e você fazia carinho nos meus cabelos. Ficávamos conversando sobre nossas vidas. A casa era sempre silenciosa. Somente o som das ondas do mar quebrando contra a areia da praia. Hoje acho que eu imaginava esse som, o prédio não era perto da praia. Acho que sua presença me fazia escutar o mar.
Depois de falarmos o suficiente (não sei até hoje como sabíamos que era suficiente) você se levantava e trazia duas taças de vinho. Bebíamos devagar. Sabíamos que em pouco tempo não existiria mais as nossas vidas fora daquele apartamento.
Depois de algumas taças de vinho, nos levantávamos, íamos ao quarto e fazíamos amor. Bem devagar também. Existia muito carinho naquele momento. Era algo único para nós. Apesar de acontecer sempre, sempre era único.
Após fazer amor conversávamos sobre nós dois. Um só em dois corpos. Você dormia em meus braços e eu esperava um pouco mais, até que eu me levantava, tomava um banho e saia. Fechava a porta devagar. Não sei se você acordava. Eu já tinha ido.
Tínhamos a vontade de que aquele momento fosse eterno. Ainda bem que não era. Se fosse, como eu teria lembranças hoje?
Continuo caminhando 20 minutos até o seu prédio. Pegando o elevador até o sétimo andar. Subindo de escada até o oitavo. Parando em frente à porta com o número 803. Batendo duas vezes, parando, batendo mais uma vez. Não é sempre que faço isso. Apenas quando esqueço que você não está mais lá.
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