A casa
Passou em frente à casa umas dez ou quinze vezes antes de ter coragem de parar e entrar. Passava com os passos apressados pra ninguém notar que estava olhando pra lá. Passava de manhã cedo pra ver como ficava com o sol da manhã. Passava à noite pra verificá-la à luz da lua.
Quando entrou pela porta da sala e olhou ao redor viu que não tinha nada. A casa estava vazia. Voltou e bateu a porta atrás de si. Fechou os olhos e viu aquela mesma sala e nela viu um sofá no lado esquerdo (de quem entra ou de quem sai?). Em frente ao sofá tinha uma mesa de “pôr os pés” e algumas almofadas “de sentar” no canto.
Respirou fundo, virou-se e abriu novamente a porta, dessa vez com mais cautela, e viu o sofá, as almofadas, a mesa. Deu uns passos pela sala e se aventurou um pouco mais na casa desconhecida. Estava com um medo imenso de descobrir que o resto da casa estava vazio. Entrou na cozinha e viu a pia entre a geladeira e o fogão. Tinha pratos e copos no escorredor. Tudo muito simples. Tudo ali.
Voltou à sala pra se certificar de que as coisas continuavam lá. Na parede em frente ao sofá viu um quadro. Pequeno, porém lindo. A parede tinha mudado de cor?
Ele estava sentado (quase deitado) no sofá ouvindo música. Era confortável ficar naquele sofá escolhido por eles. Sentou-se ao seu lado. Sorriam. Ela sabia que ele queria apenas estar ali. Ele sabia que ela sempre estaria ali.
Depois da terceira música ou quarta música (o tempo não passava ali como do lado de fora da casa) ela voltou ao seu passeio pela casa. Os quartos.
No primeiro tinha uma cama de casal. Lençol com nuvens desenhadas. Quatro travesseiros na cabeceira. A camisa dela do trabalho pendurada num cabide. Sua sandália do lado da cama. Vestígios que ela sempre deixava.
O segundo quarto tinha uma cama de solteiro e um armário grande. Lençol enrolado no travesseiro no meio da cama. Portas do armário abertas. A calça jeans pendurada no trinco da porta. Ele é bagunceiro. Mas odeia bagunça.
A casa é sempre sonora, vive a música que existe na amizade entre eles. A casa sempre esteve lá. Esperando ela entrar.
Pode ser tudo apenas um sonho... Mas um dia eu entro na casa...
Quando entrou pela porta da sala e olhou ao redor viu que não tinha nada. A casa estava vazia. Voltou e bateu a porta atrás de si. Fechou os olhos e viu aquela mesma sala e nela viu um sofá no lado esquerdo (de quem entra ou de quem sai?). Em frente ao sofá tinha uma mesa de “pôr os pés” e algumas almofadas “de sentar” no canto.
Respirou fundo, virou-se e abriu novamente a porta, dessa vez com mais cautela, e viu o sofá, as almofadas, a mesa. Deu uns passos pela sala e se aventurou um pouco mais na casa desconhecida. Estava com um medo imenso de descobrir que o resto da casa estava vazio. Entrou na cozinha e viu a pia entre a geladeira e o fogão. Tinha pratos e copos no escorredor. Tudo muito simples. Tudo ali.
Voltou à sala pra se certificar de que as coisas continuavam lá. Na parede em frente ao sofá viu um quadro. Pequeno, porém lindo. A parede tinha mudado de cor?
Ele estava sentado (quase deitado) no sofá ouvindo música. Era confortável ficar naquele sofá escolhido por eles. Sentou-se ao seu lado. Sorriam. Ela sabia que ele queria apenas estar ali. Ele sabia que ela sempre estaria ali.
Depois da terceira música ou quarta música (o tempo não passava ali como do lado de fora da casa) ela voltou ao seu passeio pela casa. Os quartos.
No primeiro tinha uma cama de casal. Lençol com nuvens desenhadas. Quatro travesseiros na cabeceira. A camisa dela do trabalho pendurada num cabide. Sua sandália do lado da cama. Vestígios que ela sempre deixava.
O segundo quarto tinha uma cama de solteiro e um armário grande. Lençol enrolado no travesseiro no meio da cama. Portas do armário abertas. A calça jeans pendurada no trinco da porta. Ele é bagunceiro. Mas odeia bagunça.
A casa é sempre sonora, vive a música que existe na amizade entre eles. A casa sempre esteve lá. Esperando ela entrar.
Pode ser tudo apenas um sonho... Mas um dia eu entro na casa...
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