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Textos Avulsos

quarta-feira, 14 de abril de 2004

As perguntas da vida

Quando bebês, confiamos que a vida é do modo como nossos pais nos mostram. Não há questionamento. Vivemos uma vida feita por eles. Somos felizes...

Quando crianças, passamos a perguntar o porque de tudo. Sempre há umas 30 perguntas coçando a nossa cabeça de criança. “Porque você pode e eu não posso?” “Porque eu tenho que obedecer a você?” “Porque eu tenho que dormir cedo?” Nessa época as perguntas são muito voltadas para o nosso umbigo. Vivemos uma vida egoísta. Somos felizes...

Ainda na infância, começamos a fazer perguntas sobre o mundo e as pessoas do nosso mundo. Porque o céu é azul? Porque está escuro? Porque ele (a) está chorando? Tudo passa a ser interessante por ser novidade. Vivemos uma vida de descobertas. Somos felizes...

Quando adolescentes (eu odeio esse rótulo), passamos a nos perguntar como o nosso mundo nos vê. Porque ele (a) não olha pra mim? Porque eu não fui convidado (a) pra festa? Porque eu não consigo emagrecer/engordar? As preocupações passam a ser com a sociedade. Eternas amizades são iniciadas e você encontra o “amor da sua vida”. Vivemos uma vida imediatista. Somos felizes...

Quando entramos na vida adulta, passamos a nos perguntar como. Como pagar as contas. Como viver. Como voltar. Esquecemos de nos perguntar o porque das coisas. O porque do nosso mundo. Vivemos uma vida feita por eles. Somos felizes?